7 meses | Revista O Meu Bebé

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X DESENVOLVIMENTO X

Estilo “de gatas”

Por volta dos oito meses, o bebé começa a gatinhar. Se o observarmos… vamos descobrir muitas coisas sobre ele!

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SENTANDO
> No geral, as crianças que começaram por se balançar sobre a barriga
continuam a sua aventura do movimento em posição sentada, com uma perna esticada e a outra dobrada, e assim se arrastam sobre o rabinho, que está protegido pela fralda.

> Este estilo é hereditário. De facto, 40% das crianças que se deslocam desta forma têm um papá ou uma mamã que também o fazia. São as crianças que começam a andar mais tarde, por volta dos 18 meses.

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O PIÃO
> Tal como sucedeu dentro da barriga, onde o feto se move em círculos, fazendo desta uma alavanca e balançando a parte superior do corpo ou das pernas, alguns bebés, quando estão nas primeiras tentativas de deslocação autónoma, mexem-se como um pião. Inicialmente, com a barriga no chão, mexem os braços e, depois, as pernas, descrevendo uma trajetória circular.

> As crianças que começam por esta técnica não costumam adotar a posição clássica de gatas na etapa seguinte do desenvolvimento motor.

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CRAWL
> Se estivesse dentro de água poderíamos defini-lo como um movimento de estilo livre.
Cerca de 2% das crianças começam a deslocar-se arrastando-se sobre a barriga e levando primeiro os braços à frente e depois as pernas. Esta intuição leva-as rapidamente a fazer o mesmo movimento mas com a barriga elevada e movendo-se de gatas.

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A SERPENTE
> Como se se tratasse de uma cobrinha, mas de barriga para cima, o bebé arrasta-se para trás, fazendo ondear a pélvis e, depois, os ombros, descrevendo uma trajetória en S. Estes casos são muito raros (apenas 1 % das crianças).

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O CROQUETE
> O bebé começa por rolar sobre si mesmo, como um croquete, auxiliado pelos braços e pelas pernas.
Rápidamente se dará conta que é muito mais cómodo e rápido arrastar-se para frente. Depois da fase do rastejar, passará a gatinhar.

X NUTRIÇÃO X

Inclusão da vitela na dieta

Contem proteínas indispensáveis ​​para organismo e é muito rica em ferro de fácil absorção. Quando devemos incluí-la na dieta da criança?

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QUANDO A INCLUIR
> A carne de vitela está entre as primeiras
a incluir na alimentação da criança, principalmente a partir dos seis ou sete meses, de forma homogénea. Quando a capacidade de mastigação e deglutição da criança se apura, por volta dos nove meses, pode começar a dar-lhe carne fresca, cozida a vapor e triturada. É a carne ideal para enriquecer um puré.

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CARACTERÍSTICAS
> Chama-se vitela a um bovino até um ano de idade.
A vitela que não cumpriu um ano de idade e foi alimentada exclusivamente a leite materno tem uma carne magra, com muito pouco tecido duro conectivo e com um elevado teor de água, devido à sua curta idade e ao tipo de alimentação que recebeu. Por isso, trata-se de uma carne muito tenra e digestiva.

> É rica em proteínas nobres (100gr contêm mais de 20gr de proteínas) e está classificada como carne branca, devido ao seu tom rosado claro.

> É um pouco menos rica em ferro do que a carne de bovino adulto, apesar de possuir uma quantidade bastante significativa deste mineral, sobretudo numa forma muito assimilável.

> Também é de destacar o seu teor de potássio e de magnésio, benéficos para o funcionamento dos músculos. A gordura representa em média 2-3%.

ternera_66183181 COMO ESCOLHER A CARNE
> Os diferentes métodos de criação e abate originam diferenças assinaláveis ​​no sabor, na maciez e na qualidade da carne. Para respeitar os padrões a que estamos habituados, devemos optar sempre por vitela de origem nacional.

> Quanto à escolha dos cortes, depende do fim gastronómico a que se destinam, mas não há dúvidas que os cortes mais magros, como alcatra ou lombo, são a opção ideal para o delicado estômago dos mais pequenos.


X NUTRIÇÃO X

Suplementos: de quais precisa?

Alguns são fundamentais para o desenvolvimento da criança, mas por vezes receitam-se outros no caso de existirem carências específicas.

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> Vitamina D, ferro, flúor, suplementos “naturais”… Quando são realmente uma necessidade? A distinção fundamental tem a ver com o que é absolutamente indispensável durante os primeiros anos e que os pediatras receitam para favorecer o funcionamento do organismo. De resto, trata-se de substâncias que podem ser úteis, mas apenas em caso de carências específicas, ou em momentos de maior cansaço.

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VITAMINA D
> Para que serve.
A vitamina D favorece a fixação de cálcio no organismo, garantindo o desenvolvimento do sistema ósseo da criança, e evitando patologias como o raquitismo.

Quando é indicada. Entre os fatores de risco por carência de vitamina D, além do baixo peso ao nascer e da prematuridade, também se encontram a pele escura (que impede os raios UV de penetrar através das camadas superficiais da pele), e a escassa exposição aos raios solares.

A dieta da mamã que dá mama também deve ser mantida sob vigilância. A alimentação materna exclusiva contém bastante vitamina D se a mamã tiver o hábito de apanhar sol pelo menos 20 minutos por dia. Quanto aos leites de fórmula, que encontramos no mercado, eles são reforçados com vitamina D e contêm no mínimo 400 UI por litro.

Um nível baixo de vitamina D também se pode dar em casos de obesidade, doença celíaca ou doenças inflamatórias crónicas intestinais que provocam a absorção deficiente, bem como o consumo de medicamentos como os glucocorticoides ou anticonvulsivos.

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FLÚOR
> Para que serve.
O flúor, tal como o cálcio e o fósforo, é essencial para a formação dos dentes e dos ossos. Administrado por via oral, atua sobre os elementos dentários em fase de formação e pode ser incorporado nas camadas mais profundas. Como tal, serve para prevenir as cáries.

> Quando é indicado. Cabe ao pediatra o ao dentista estabelecer se o complemento é necessário, tendo em conta certos fatores: o teor de flúor na água potável, ou em qualquer água mineral que a criança beba, e o que possa ter o leite de fórmula.

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FERRO
> Para que serve.
É um mineral fundamental para la formação de hemoglobina e para o transporte de oxígeno para o sangue. As suas reservas podem reduzir-se a partir da introdução de outros alimentos, quando a velocidade do crescimento é máxima e o consumo de ferro por parte do organismo é igualmente rápido. Os sintomas de uma carência inicial são: palidez, cansaço, dores de cabeça e fragilidade das mucosas (fissuras nos lábios) e nas unhas (que apresentam estrias).

Quando é indicado. Entre os 5 e os 6 meses de vida,  o leite, materno ou artificial, é suficiente para garantir a quantidade necessária de ferro.

O suplemento de ferro só é prescrito no caso de anemia confirmada. Se a carência for menos acentuada, pode recorrer-se a outros suplementos “naturais”, que o contêm em pequenas quantidades juntamente com outros minerais e vitaminas.

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SUPLEMENTOS MULTIVITAMÍNICOS
> Para que servem.
Se o bebé se alimentar de forma completa, consumo equilibradamente todos os alimentos, incluindo frutas e legumes, dificilmente terá carência de vitaminas ou minerais.

> Quando são indicados. Em geral, os suplementos multivitamínicos são aconselhados a crianças debilitadas, com doenças crónicas, ou com insuficiências alimentares. Acima de tudo, o importante é seguir sempre as indicações do pediatra. Algumas substâncias não estão isentas de efeitos secundários se consumidas em excesso.

X SAÚDE X

Atenção ao seu xixi

Se é abundante e regular, indica que o bebé está saudável. Se  assim não for, há que descobrir rapidamente o porquê desta alteração.

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COMO ATUAR SE…

… A URINA É ABUNDANTE
A quantidade de xixi é maior do que o normal e o estímulo para urinar aparece constantemente.

> Causas. A causa deste problema pode ser mais séria se o bebé começar a fazer xixi com uma frequência maior que o habitual (por exemplo, se acorda todas as noites por fazer xixi), se bebe mais do que o normal e se tem um aumento repentino do apetite. O pequeno pode sofrer de diabetes mellitus ou insipidus. No primeiro caso, o seu organismo não queima os açúcares como devia; no segundo caso, sofre de um défice na produção da vasopressina (hormona antidiurética), que controla a eliminação e a reabsorção dos líquidos corporais.

> O que fazer. Deve consultar o pediatra se houver uma suspeita de diabetes: o médico irá avaliar se é preciso fazer exames específicos.

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… A QUANTIDADE É ESCASSA
O bebé não chega a fazer os cinco xixis normais em 24 horas, que são vistos como sinal de boa saúde, ou então deita apenas umas gotinhas de urina, deixando a fralda quase seca.

> Causas. É provável que o bebé tenha sido amamentado menos tempo que o ideal, ou, se já fez o desmame, que tenha bebido pouco leite materno. Por isso é natural que faça menos xixi. Não precisa de se alarmar se a urina diminuir de quantidade quando está muito calor ou o pequeno tem febre, pois os líquidos são eliminados através do suor, que aumenta, e das gotinhas emitidas na respiração, que se torna mais rápida. Nestes casos, o xixi diminui.

> O que fazer. Se o bebé é amamentado, convém dar-lhe mama mais vezes para ele fazer refeições breves: a primeira parte do leite é mais líquida e serve para matar a sede e hidratar. Se o bebé já fez o desmame, dê-lhe mais líquidos a beber. Se, ao fim de uma semana, e apesar destas medidas, a criança continua a fazer pouco xixi e não aumenta de peso como era suposto, deve consultar o pediatra. Também o deve fazer se a micção, além de ser escassa, é dolorosa: pode tratar-se de uma infeção das vias urinárias.

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… A CRIANÇA SENTE ARDOR AO URINAR
A criança faz xixi muitas vezes, mas com um fluxo pequeno. Além disso, a micção é dolorosa e provoca ardor. Por vezes, o pequeno tem febre.

> Causas. Pode ser uma infeção na bexiga (cistite) provocada por germes que colonizam os intestinos. Se estes aumentam (por exemplo, porque a criança teve problemas intestinais, caracterizados pela diarreia, ou porque a limpeza do rabinho não foi feita da frente para trás) e se tornam agressivos, podem chegar às vias urinárias inferiores, causando uma infeção. Nas crianças com menos de um ano, os mesmos sintomas podem indicar uma leve malformação que permite o retorno da urina, da bexiga para cima, e que, por essa razão, provoca uma infeção nos uréteres, e até mesmo nos rins.

> O que fazer. Tem de consultar o pediatra para saber se se trata de uma infeção da bexiga ou das vias urinárias superiores. Também é preciso dar mais líquidos ao seu filho, que os deverá beber em pequenos goles, pois deste modo aumenta a diurese e ajuda a eliminar os germes.

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… A URINA É MUITO ESCURA
O xixi não tem a clássica cor amarelo-dourado e é mais escura.

> Causas. Se o bebé suou muito, podem ser os sais minerais, que se concentraram na urina, que alteraram a sua cor. Este tom também pode estar relacionado com o tipo de alimentação: uma dieta rica em beterraba, por exemplo, pode escurecer a urina. Em casos mais raros, o xixi pode estar mais escuro porque contém sangue, um sintoma que pode indicar uma infeção das vias urinárias ou dos rins.

> O que fazer. É preciso dar mais de beber ao seu filho e retirar da sua alimentação os alimentos que possam estar a “tingir” a urina. Se, mesmo assim, o xixi não recupera o seu tom normal, consulte o pediatra. Ele irá pedir uma análise de urina para verificar se esta contém sangue. Em caso de infeção das vias urinárias, é preciso administrar um antibiótico. Se são os rins que estão afetados, a criança terá de fazer uma série de análises específicas.

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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
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